quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sol.

A hora mais esperada havia chegado.
Ele estava sentado no chão como um índio, esperando o Sol se por.
Não iria demorar muito, mas ele não se importaria em viver um êxtase de por-do-Sol para sempre.
Quando o céu se encheu de uma luz amarelo-alaranjada, Ele não estava com ninguém que amasse. Tampouco estava sozinho. Havia pessoas por todos os lados, rodeado de desconhecidos.
Não era uma foto, não se tratava de uma cena de filme, nem se aproximava de perfeição. E Ele sabia.
Tudo era um ínfimo momento da vida, e de Sol. Seu momento de Sol.
Nos poucos segundos que este precisou para sumir de vez no horizonte, ele pôde sofrer e sorrir e sentir.
O Sol levou consigo tudo que Ele entregava a seus raios fracos. Levava-o lentamente.
Então Ele se deu conta de que existia.
No momento seguinte, já não havia tanta certeza. Nem Sol.