terça-feira, 22 de abril de 2008

Estação.

Senta, respira. Acalma. Vamos de novo. Uma, duas, três...
Não! Relaxa, respira.
- De novo?
Levanta, saí, volta, tenta, erra, cai, chora. Respira. Ri.
Outra vez.
- Cansei, não consigo.
Deixa de lado. Horas, semanas... Tenta outra vez.
- Droga, não dá!
Chega, olha em volta!
Relaxa, respira. Alma sai, passeia, não quer voltar. Volta.
Grita, grita, grita! Mãos na cabeça, corpo no chão.
Desespero. Delírio. Destruição. Desejo. Desencarnação. Destino. Devaneio.
Chora. Ri. Desiste.

- Calma, ainda faltam alguns milhões de anos pro Sol apagar.


Não abandonei aqui. Ainda não.

2 comentários:

Paola Garambone disse...

Ok, me desesperei com seu post, assim como o protagonista.

É, meu mundo é uma grande ironia de mal gosto.
e sua carta nao chegou ;~

sblogonoff café disse...

ainda bem que o sol vai demorar pra acabar, porque ia perder o sentido acreditar em dias melhores depois das tempestades!