quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cena

É um turbilhão de coisas, e nem sei mais o que sentir.
Nem sei se sou capaz de escolher alguma sensação, elas se vêm sem avisar e do mesmo modo me abandonam, dando lugar imediato a algo novo. Porque tudo é novidade, não importa quantas vezes visto ou sentido.
Nunca se têm mesmas visões num mesmo caminho.
As coisas se alteram diante dos nossos olhos, e a insensibilidade do tempo e da rotina mal nos permite ver.
Por isso decidi, que hoje, dou lugar a tudo, seja bom ou mal, já que é inevitável reverter todo um processo. Principalmente se não sabemos quando é o final.
Dou também meu sangue, faço o que posso, tento direcionar.
Se não, abrir os braços e deixar levar.
Minha vida 'tá passando, e eu não quero ser telespectadora, nem somente a atriz. Hoje é meu dia de me assumir como a diretora da minha própria peça. A peça que vou escrevendo a 16 anos (e me dando conta nesse exato momento, que tudo passou rápido demais), quase sem notar se a iluminação está boa, e se o figurino é o esperado.
Então, mando até onde poço, e espero do resto, o espetáculo final.

Second just to being born.
Second to dying, too.
What else would you do?

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